Blog Oficial

Este é o Blog Oficial da Clínica Elaboração - Terapias e Cursos. Aqui você irá encontrar artigos sobre saúde, notícias sobre a clínica, calendário de eventos e muito mais!

3 Congresso Nacional de Terapia Regressiva

João Carvalho Neto participou do III Congresso Nacional de Terapia Regressiva, realizando palestra de abertura sobre o tema: “Transformações humanas” onde desenvolveu reflexões sobre as mudanças conscienciais que vêm acontecendo na humanidade, caracterizando uma demanda que, quando não correspondida, tem sido uma das condições para o estabelecimento de diversas patologias psíquicas, entre elas e principalmente a depressão, que hoje aflige cerca de 20% da população mundial. O evento aconteceu na cidade de São Luiz, Maranhão, entre os dias 12 e 14 de novembro, e contou com a participação de importantes psicoterapeutas do país. 

CURSO DE NUMEROLOGIA

O Parapsicólogo, Terapeuta Holístico e escritor Ney Andrade estará realizando o Curso de Numerologia no Elaboração – Terapias e Cursos, nos dias 3 e 10 de dezembro, de 8 às 12 horas. Numerologia é uma ciência que estuda os números e sua influência sobre as pessoas. Os números têm um valor metafísico de grande significado, denotando características internas dinâmicas que modelam o destino das pessoas. Através da análise do nome completo e data de nascimento, a pessoa poderá saber mais sobre seu destino, suas habilidades natas e os desafios que têm a superar, orientando-se melhor na busca do equilíbrio interno e da felicidade. As inscrições podem ser feitas pelo tel: 2653-3087, com custo de R$ 120,00.

VII CAMPANHA DE AUDIÇÃO

O Elaboração –Terapias e Cursos estará sediando um pólo da campanha do Conselho Regional de Fonoaudiologia-RJ, no dia 12 de novembro, de 14 às 18 horas, para o público em geral. O evento, coordenado pela Fonoaudióloga Cláudia Dias, com participação da Psicóloga Regina Alves e do Prof. de Libras Eduardo Fontoura, tratará de diversos assuntos relativos aos problemas de audição, com o tema central: “Cuide de sua audição: ouça esse conselho”. Na oportunidade, a empresa Phonak estará fazendo exposição de aparelhos auditivos. A entrada é franca mas as vagas são limitadas. Os participantes terão direito à apostila e certificado. Inscrições pelo telefone 2653-3087.

O QUERER E O DEVER

Existe uma dicotomia no comportamento humano que tem sido a causadora de sensações de desprazer quase inevitáveis ao longo da vida. Freud desenvolveu esta reflexão em sua obra “O mal estar da civilização”, fundamentando-a na divisão que se impõe entre o que se quer e o que se deve. Para ele, isto se assenta no conflito existente entre o desejo instintual pelo prazer e a sujeição às regras que a sociedade estabelece para a sobrevivência do grupo.
Se, por um lado, existe a demanda pelo prazer imediato no desejo egoísta, por outro, existe a satisfação, dita secundária, em acatar as regras do sistema para ser aceito e protegido por ele. Tudo isso gera uma cota de pressão intrapsíquica, pela repressão do desejo primário que, conforme for administrado e elaborado pela pessoa, pode se transformar em sintomas neuróticos ou psicossomáticos. Não é à toa que estimamos que mais de 60% da população mundial seja neurótica.
Nietzsche vai apresentar essa idéia na simbologia do leão que deseja e do carneiro que deve, presentes em cada um de nós, apesar da prevalência histórica do carneiro que se submete para ser protegido pelo pastor.
Do ponto de vista da evolução espiritual, nosso querer não é estável, sofrendo o processo natural de amadurecimento. Ou seja, o que se queria quando éramos mais primitivos estava muito mais ligado às sensações físicas, naturais nos períodos inferiores de manifestação da vida humana. Na medida em que a evolução tem se operado esse querer tende a se modificar, passando a estados cada vez mais sublimados, transitando das sensações para os sentimentos, desses para o amor altruísta, rumo às intuições mais plenificadoras.
Por outro lado, o dever também se submete a uma escala evolutiva. No princípio, por necessidade de contenção de nossos impulsos mais primitivos, ele se impõe fortemente, sustentado por submissões religiosas, patriarcais e sociais, muitas vezes desprovidas de sentido, mas que funcionam como um freio ao egocentrismo imediatista. Na medida em que a evolução acontece, esse dever vai se tornando mais natural, mais racionalizado, menos imposto pela força e mais aceito pela compreensão. Até que acaba por se transformar em uma opção de harmonia com a ordem universal, não mais como uma submissão ao dever mas como um encontro que passa a fluir com as leis da vida.
Ora, tanto no querer que caminha para o amor altruísta e para as intuições plenificadoras, quanto no dever que se torna harmonizado com a ordem universal, parece haver um sentido de convergência onde a paz interior se realiza no encontro final entre querer e dever.
Contudo, se por um lado possa parecer confortadora a perspectiva do final desse conflito que Freud veio a chamar de o mal estar da civilização, a questão continua atual no trâmite de nossa evolução, onde nosso querer ainda é marcado pela sujeição ao dever, nos deixando as marcas das frustrações, e muitas vezes incertos se o que se quer é o que se deve, e se o que se deve poderá satisfazer nosso querer sem a instalação de conflitos neuróticos.
A sensação de culpa daí decorrente é muito natural, até funcional como um mecanismo de alerta, causando o que tenho chamado de “inadequação evolutiva”, um estado em que o indivíduo já pode aproximar mais seu querer do dever mas ainda se vê influenciado por pressões sociais sobre seu querer que acabam gerando um conflito interior. Realmente difícil é separar nosso verdadeiro querer do querer introjetado pelas forças do sistema, e nosso dever justificável daquele que se impõe por mero capricho de pessoas ou convenções sociais e religiosas.
Penso que temos que racionalizar mais as motivações que nos movem, procurando entender os sistemas de crenças que adotamos sem maiores reflexões, a fim de nos tornarmos mais livres em nossas escolhas. Haverá sempre o risco de erros, e isso costuma amedrontar, principalmente pelas convicções de castigos e sofrimentos decorrentes. Mas podemos errar também por omissão e esta nos levar a estados sofridos de angústia e necessidade de reconstrução de situações que acabam por ficar paradas. O medo paralisa.
Entendo que todos somos aprendizes na escola da vida e que ninguém aprende sem errar e sem ter que refazer os erros em acertos. Mas aquele que não se exercita para não errar também não aprende. Fazer escolhas é natural da vida e não temos garantia alguma de que elas serão absolutamente corretas. Mas quando não forem, não nos preocupemos em demasia, a não ser o necessário para a reconstrução de novas decisões. Se erramos é porque não sabíamos fazer melhor, e receber as conseqüências do próprio erro é ser ensinado pela vida na aprendizagem de decisões mais corretas para o futuro.
João Carvalho Neto

O VAZIO INTERIOR

Uma das questões mais presentes na clínica psicanalítica é o encontro do paciente com a existência do seu vazio interior. Parece claro, para nós psicanalistas, que todos trazemos esse vazio com fruto inevitável do próprio trauma do nascimento. A sensação de que algo foi-nos tirado – a mãe – que se consubstancia com a adolescência, quando a segunda mãe – o útero familiar – também tende a ficar mais distante.
Muitos conseguem elaborar satisfatoriamente a angústia dessa separação, adaptando-se à vida com este vazio, através de construções pessoais. Outros tendem a mecanismos de defesa neuróticos que passam a governar suas vidas. 
Dentro a convicção que me orienta, acredito que as motivações geradoras desse vazio não se encontram na vida atual, mas apenas se reproduzem em circunstâncias particulares, em um exercício reencarnatório de busca pela autonomia espiritual. A etiologia está estruturada a nível profundo da essência espiritual, e diz respeito a uma separação primordial que aconteceu no momento em que a individualidade deixa de evoluir no reino animal e passa ao reino hominal, quando adquire a razão, o livre arbítrio, o sentido da responsabilidade e, em decorrência, passa a se sujeitar a uma lei de retorno – a lei do carma – que lhe cobra atitudes sempre mais maduras diante da vida. Antes, enquanto animal, a vida transcorria no útero da natureza, sem que a existência de uma consciência pesasse sobre as vicissitudes experimentadas. Esse vazio, então, se torna um vácuo espiritual que move a individualidade na busca do seu preenchimento, rumo à sua evolução, para que na plenitude se acalme sua angústia.
Quando Jung defende a existência de um lado sombra no psiquismo humano, muitos o interpretam como as tendências ruins de nossa personalidade, que preferimos manter obscurecidas até mesmo de nossa própria percepção. Mas esse lado sombra é tudo aquilo que não se torna passível de ser apreendido pela consciência, inclusive o que deixou nosso vazio interior.
O sistema sócio-econômico que rege a sociedade contemporânea conspira fortemente pelo agravamento desse vazio, na medida em que enfraquece o desejo pessoal em detrimento do desejo do consumo que é alienado. Ou seja, a alienação do nosso desejo no desejo que interessa ao sistema tira de nós a energia natural do nosso psiquismo que é vivenciada no desejo interior que deveria mover nossas vidas. Dessa forma, o que tem impulsionado nossas vidas é o desejo alheio.
Não é a toa que vivemos uma sociedade angustiada, com a sensação de que algo falta sem saber como preencher este vazio. Ao contrário, tenta de todas as formas diminuir sua dor e, com isso, entrega sua vida a uma nova forma de poder, o do paradigma médico cartesiano, que cresceu ao longo do século XX, que preenche quimicamente o vazio interior, mas que cobra submissão ao sistema de crenças estabelecido. Claro que os psicofármacos tendem a trazer alívio imediato às dores insuportáveis, mas podem se tornar também um típico processo de viciação, onde aquele que vende se sustenta a custa da satisfação do vício que alimenta no outro.
O filósofo alemão Heidegger define a angústia como uma predisposição de busca para preencher o nada, o vazio. Contudo, como o ser humano, na natureza da sua essência, deveria ser pleno – já que um dos princípios básicos do universo é não tolerar o vazio, logo o ser humano fruto desse universo seria cheio – esse nada não lhe é natural, mas conseqüência de sua vivência pessoal. Ora, se o nada que busca é, na verdade, o encontro com o que perdeu, a angústia, enquanto nostalgia pelo que ficou no passado, só cessará no reencontro com o Poder Criador da vida – origem da individualidade, de cujo afastamento surge o motivo primordial de seu vazio interior, e que é meta da plenitude a ser alcançada. A falta da consciência desse Poder Criador em si mesmo, alimenta o vazio que se esconde na sombra da personalidade.
Digo isso com a absoluta convicção de que podemos e devemos tratar psicologicamente os transtornos mentais de nossos pacientes, e é necessário que isso seja feito, para o alivio da angústia e porque a angústia também é o convite para o encontro maior com a causa. Contudo, essa cura jamais será definitiva enquanto não seja encontrado o caminho de nossa religação com esse Poder Criador, que não está em nenhuma religião – ainda que elas sejam estratégias úteis – mas no despertar interior do psiquismo amadurecido pelas experiências reencarnatórias, pela reflexão e pela meditação.
Uma psicoterapia que se restrinja a buscar causas e soluções nos aspectos superficiais da vida atual deixará sempre a desejar no que diga respeito às transformações profundas e à plenificação interior.

Nosódios - A Terapia do Terceiro Milênio

Todo mundo já deve ter ouvido falar sobre a Homeopatia. Mas já a Nosodioterapia Vibracional é uma terapêutica nova para muitos. Como nosodioterapeuta atuante, venho dar uma pincelada sobre o que são os nosódios, sua origem, sua ação no organismo, etc.

Os Nosódios tiveram origem ainda na época de Hahnemann (O criador da homeopatia). Wilhen Lux foi o precursor deles, inicialmente utilizando-os em animais. Posteriormente o Dr. Eduard Bach (O criador dos Florais de Bach) e seu colega Jhon Paterson passaram também a utilizar os princípios da nosodioterapia para curar diversas pessoas no hospital em que trabalhavam.

No Brasil se destacou inicialmente o nome de Licínio Cardoso e posteriormente o Dr. Roberto Costa, o criador dos Nosódios Vivos. Os discípulos do Dr. Roberto Costa criaram o Instituto Roberto Costa, que é referência mundial em Nosodioterapia até os dias de hoje.

Os Nosódios Vibracionais são produtos naturais originados de matrizes de Nosódios Vivos através de um processo denominado Transferência Farmacológica de Frequência (TFF).

Neste processo são transferidas as frequências terapêuticas dos nosódios vivos por meio de ressonância eletromagnética utilizando a água como veículo, dando origem ao Nosódio Vibracional.

Os Nosódios Vibracionais possuem uma atividade magnética específica agindo positivamente e estimulando a recuperação do organismo dentro da lei terapêutica da analogia ou isopatia.

O Nosódio Vibracional não tem contato químico com qualquer tipo de tecido biológico, o que o torna um produto natural e não um fármaco. Eles são absolutamente naturais, não apresentam qualquer tipo de risco, incompatibilidade ou contra-indicações.

Como um sistema terapêutica completo, os Nosódios Vibracionais são utilizados para estimulação do Sistema Imunológico para que o próprio corpo combata as desarmonias e retorne o organismo a homeostase. É mais uma ferramenta para os terapeutas que buscam uma forma de ajudar as pessoas de forma natural, sem efeitos colaterais.

Muitos problemas de saúde ditos crônicos pela Medicina Convencional podem ser amenizados ou até resolvidos com o uso da Nosodioterapia como terapêutica complementar. Para saber mais sobre os nosódios entre em contato comigo.




Turi Pereira de Souza - turionline@gmail.com - É Terapeuta Vitalista & Estudante de Nutrição. É Autor do Blog Saúde Vital. Dá dicas de saúde no Twitter (http://twitter.com/saude_vital) e no facebook. Escreve artigos de saúde para jornais e revistas da Região dos Lagos - RJ. Atende no Elaboração - Terapias e Cursos com as técnicas da Terapia Ortomolecular, Nosódioterapia e Florais de Bach.

ANÁLISE E SÍNTESE

Vivemos em um mundo altamente fragmentado na observação que dele fazemos através de nossos órgãos sensoriais. Olhamos as partes, sentimos os cheiros, raciocinamos em cima de funcionamentos, tocamos, ouvimos sons, e todas essas percepções, no fundo, caracterizam aspectos de conjuntos muito mais complexos do que podemos imaginar.
O próprio paradigma científico que emerge a partir do século XVII, estruturado principalmente na visão cartesiana e positivista, se estabelece na fragmentação do conjunto para, através da análise das partes, tentar entende-lo. Só que, com isso, muitos ficamos mais presos à compreensão dessas partes do que à visão do conjunto.
Um exemplo no nosso cotidiano é a subdivisão da medicina em tantas especialidades, como se os órgãos e sistemas do corpo humano funcionassem isoladamente, sem estarem relacionados em uma sinergia que atribui a cada parte a influência do organismo enquanto totalidade.
Claro que – e eu não nego isso – aprofundar o estudo das partes é necessário, mas somente será produtivo quando não se perde a visão da síntese, ou seja, quando se trabalha uma percepção holística de ver o próprio conjunto presente nas unidades que o compõem.
O problema é que ao analisarmos as partes tendemos a usar as ferramentas psíquicas do raciocínio lógico, deixando de penetrar aspectos mais sutis e somente passíveis de serem percebidos por outras funções psíquicas, como a intuição.
Os processos psicoterapêuticos não estão imunes a esta situação.
Existe uma tendência das ciências psicológicas de ter um olhar simplista sobre as causas dos transtornos mentais e sobre a condução terapêutica, buscando situações traumáticas específicas como se cada patologia estivesse associada apenas a um evento. E isso é um grande erro estratégico no manuseio dos tratamentos psicológicos.
Uma causa de origem traumática, qualquer que ela seja, apenas disparou uma sintomatologia que já estava sendo plantada no terreno fértil das predisposições psíquicas daquele que adoece.
Não é o trauma que gera o transtorno mental, são as predisposições do conjunto psíquico do ser que, frágeis e rígidas, não conseguiram elaborar o trauma.
E mesmo quando a pessoa parece estar encontrando alívio para seus sintomas, até parecendo curada, se as predisposições do sistema de forças psíquicas não forem suficientemente trabalhadas para criar um estado mais saudável para o conjunto, as recaídas serão quase inevitáveis.
Caso típico desse engano terapêutico são os transtornos depressivos que tendem a ser reincidivos em 50% dos casos chegando a 90% após mais de dois retornos. 
Na medida em que a pessoa começa a se libertar das aflições e angústias, tomando consciência sobre elas, faz-se necessário desenvolver uma compreensão de síntese sobre sua individualidade, para que ela se perceba além de sintomas, ou conflitos, ou traumas, ou mesmo além de uma personalidade atual, mas um ser global, uno, ligado a estruturas macrocósmicas atemporais, com permanente interação entre suas pulsões interiores, os estímulos do ambiente externo, seus antecedentes palingenésicos e suas perspectivas transpessoais.
É do somatório do que já fomos, das possibilidades do que ainda viremos a ser, das forças intrapsíquicas e das ações estimuladoras do ambiente que surge o ser, não como uma sobreposição dessas partes mas como um intrincado sistemas de forças dinâmicas em permanente interação.
Essa percepção profunda da nossa síntese pessoal, somente passível de ser alcançada pelas estratégias meditativas e reflexivas, é que pode trazer mais sentido às nossas vidas, aos fatos alegres ou dolorosos que nos afligem, ampliando a capacidade de superá-los no rumo do encontro com a felicidade.
É o que podemos chamar de estado de plenitude. Não apenas uma plenitude no encontro com a transcendência lá fora, nos êxtases da religiosidade, mas, em conjunto com isso, uma plenitude que se constrói a partir de si mesmo, do seu auto-encontro para o encontro definitivo com a totalidade.
João Carvalho Neto é Psicanalista
Autor dos livros “Psicanálise da alma”
 e “ Casos de um divã transpessoal”
www.joaocarvalho.com.br   

POSITIVANDO AS EXPERIÊNCIAS

O processo evolutivo é uma realidade pertinente a todos nós seres humanos e a todas as criaturas deste universo. No uso do livre arbítrio e do atributo do raciocínio lógico vivemos, em cada experiência evolutiva, a elaboração dos estímulos que vão afetando nossa sensibilidade psíquica, provocado reações de transformação.
O fenômeno da elaboração, termo que aproveitamos da Biologia para a Psicanálise, diz respeito à capacidade de transformar as situações experienciadas em produtos de evolução. Com isso, o resultado da elaboração vai se tornando alimento do psiquismo, ampliando sua capacidade de percepção, de interpretação e de amadurecimento frente às novas situações.
Mas nós ainda não conseguimos elaborar plenamente todo o material de experiências que a vida nos oferece para digerir. Algumas vezes somos bem sucedidos e outras não.
O que tende a fazer com que uma situação seja mais dificilmente digerida é a presença de cicatrizes psíquicas passíveis de serem associadas às novas situações, que farão com que estas sejam potencializadas.
Ou seja, quando um fato se sobrepõe a um trauma passado ele será mais doloroso do que outro que não tenha sentimentos de sofrimento similares antecedentes.
De alguma forma, podemos dizer que uma situação tornou-se um trauma predisponente a sensibilidades posteriores porque, na época de sua vivência, ela não foi devidamente elaborada.
Se você come e seu estômago não está apto a digerir aquele alimento você terá uma indigestão.
Se você passa por uma situação frustrante e seu psiquismo não está apto a elaborar aquela dor você terá adquirido um trauma, que pode variar de espécie e intensidade.
Mas o que pode favorecer uma melhor elaboração das frustrações? É a capacidade de positivar as experiências que vai sendo construída, aos poucos, por conta de uma melhor compreensão da vida, de seu funcionamento e do amadurecimento psíquico.
Positivar uma experiência é perceber, compreender e introjetar seu lado bom, as lições positivas que ela traz para nossa transformação. E toda experiência tem um sentido oculto, traz uma aprendizagem a ser construída; jamais duvidem disso, por pior que possa estar parecendo aquela por que você passa. O universo sempre conspira a nosso favor, mesmo quando ainda não compreendemos com clareza suas intenções.
A grande dificuldade que nos impede de aceitar esse processo educativo da vida é de ainda, muitos de nós, acreditarmos que nascemos para gozar as frivolidades do mundo e não para aprender. Não quero com isso estar condenando a busca pelo prazer, mas apontar no sentido de que temos buscado um prazer muito fugidio, que até pode ser vivido, desde que com a compreensão de sua impermanência.
Quando nos damos conta do determinismo do aprender passamos a gozar com o crescimento que as lições da vida nos proporciona, mesmo que isso envolva um certo nível de frustração.
Quem quiser aprofundar mais sobre essa idéia pode buscar outro artigo que escrevi – “O prazer de evoluir” – disponível em meu site.
Positivar uma experiência é compreender aquilo a que ela se aplica em nós. Ninguém passa por situações complexas por acaso. Todas estão ligadas a uma sincronicidade com nossos conteúdos psíquicos. Então, qualquer que ela seja, estará sempre falando um pouco sobre nós mesmos, sobre aquilo que ainda não conseguimos desenvolver para a plenitude.
Sempre algo em nós a ser trabalhado é que justifica as experiências por que passamos.
Muitas vezes a vida pretende refrear nossos impulsos imaturos, outras vezes nos está estimulando a reagir, a sair da inércia. Outras ainda nos levando a tomar consciência de traços de caráter ou sistemas de crenças enraizados que necessitamos modificar. Só que a maioria de nós, individualidades infantis, tende a reagir com rebeldia diante desse convite, que tomamos como uma imposição externa contra nossa integridade, quando, na verdade, é um direcionamento no sentido da evolução e da libertação. E o orgulho ferido, marcado pela rebeldia, faz-se necessitado de pontuações mais enérgicas que acabam sendo sentidas como dor e sofrimento.
A dor e o sofrimento não podem se tornar produtos de aprendizagem que faça avançar a individualidade, porque esse avanço aponta para a plenitude e a felicidade, estamos opostos à rebeldia e à dor. Elas apenas são estímulos para que a aprendizagem aconteça. Enquanto este ser humano sofrido com suas experiências não positivá-las, permanecerá vulnerável às novas dores educativas da vida.
João Carvalho Neto
http://www.joaocarvalho.com.br/

O prazer de evoluir

Tenho pensado muito nos últimos tempos sobre a questão do sofrimento para o desenvolvimento espiritual, e não posso deixar de reconhecer que, no fundo, minha insegurança de avançar em assumir novas posturas, pelo menos publicamente, se dá pela tendência, meio consciente, meio inconsciente, de temer as responsabilidades de estar influenciando pessoas e me comprometendo com a lei do carma. Ou seja, quero repensar a lei do carma mas ainda me sinto subjugado, em termos, ao conceito tradicional que dela criamos. Acho que meus exercícios reflexivos sobre o assunto são, na verdade, uma tentativa de libertação pessoal.
Mas neste texto, gostaria de estar enfocando especialmente a questão de nosso processo evolutivo ter que ser marcado necessariamente pelo sofrimento.

A Psicanalista e Psicopedagoga argentina, Alicia Fernandes, autora de diversas obras sobre educação, enfatiza que a pulsão para aprender pode ser fruto de um instinto básico, como os instintos de vida e morte apresentados na Teoria Psicanalítica de Freud. Não pretendo aqui aprofundar a questão se o ato de aprender provém de um instinto de aprender ou se é uma pulsão derivada do instinto freudiano de vida. São duas possibilidades reais a serem discutidas, apesar de eu, a princípio, ser mais simpático à segunda. Contudo, parece certo que a satisfação da pulsão de aprender, como a satisfação da pulsão de vida, tem como objetivo o alcance de um estado de prazer, o que também defende Alicia.

Ou seja, um indivíduo mentalmente saudável deveria encontrar prazer no ato de aprender. E isso não é difícil de ser constatado: basta observarmos uma criança nos primeiros meses e anos de sua vida, quando ainda não tenha possivelmente sido neurotisada com os medos e projeções de seus pais e professores, para vermos o prazer que ela sente em buscar compreender o mundo ao seu redor, tocando, mexendo, desmontado e remontando, construindo um processo de aprendizagem próprio sobre o que é a vida. E, mesmo sentindo dor em momentos de dificuldade, como machucados e repreensões, ela volta a retomar suas buscas por novas descobertas.
Esse prazer vai se perder, muitas vezes, pela falta de habilidade ou mesmo de saúde mental daqueles que dela cuidam, transformando o prazeroso ato de aprender em algo sofrido e imposto.

Parece-me que as religiões fizeram isso com o imaginário coletivo do ser humano quando formularam a lenda da expulsão de Adão e Eva do paraíso, sendo penalizados com a determinação de que teriam que “ganhar o pão com o suor de seus rostos”. Ora, aquilo que também deveria ser prazeroso, que é aprender novas formas de trabalho e de reconstrução do mundo ao seu redor, passou a ser visto como castigo. Aliás é comum pais que ameaçam seus filhos com o trabalho ou com a escola, como se isso fosse punição.
Não é de se estranhar que ao longo de nossa evolução tenhamos nos firmado na idéia de que o desenvolvimento pessoal, o ato de aprender para o amadurecimento da individualidade, tenha que ser realizado à custa de sofrimento.

Contudo, também não podemos negar o fato de que a vida neste planeta, com o nível de evolução em que ela se apresenta, tenha sido e ainda continuará sendo permeada por dores. Cabe então uma reflexão sobre o diferencial entre dor e sofrimento.
Podemos entender dor como uma sensação pessoal, por isso subjetiva, resultante de um estímulo externo (físico ou afetivo) que é sentido como desagradável. Já o sofrimento é o sentimento que se constrói a partir de uma dor pelas conseqüências que ela nos causa, como a perda de outras oportunidades de prazer. Você sente uma dor ao quebrar a perna, mas você pode viver a recuperação de forma produtiva e operosa ou se acomodar em lamentações por não poder estar fazendo outras coisas que gostaria. Dessa forma a dor é inevitável mas o sofrimento é opcional.

A dor como instrumento de evolução é importante porque ela limita a hegemonia de nosso egocentrismo, nos fazendo reconhecer nossos próprios limites e legitimar a existência de outros seres que muitas vezes se impõem sobre nossa vontade. Isso é a essência do processo de amadurecimento psicológico e espiritual que a vida nos propõe nos conduzindo no rumo do altruísmo.
Ora, a compreensão e consciência desse fato tende a nos levar para um outro nível de interpretação da dor. Apesar do estímulo desagradável, ela tem uma finalidade útil que trará resultados gratificantes, como a maior liberdade dos padrões de comportamento da imaturidade psicológica, como o acesso às percepções mais sutis dos prazeres da alma, menos irritantes e adstringentes.

Como a criança que se diverte aprendendo com seus erros e suas conquistas, evoluir espiritualmente não deveria ser visto como uma vivência penalizante e desagradável, mas prazerosa na medida em que vai nos descortinando novas compreensões da vida e de nós próprios.
Quero dizer com isso que mesmo em situações em que o indivíduo esteja sentindo uma dor, física ou emocional, ele não precisa necessariamente estar sofrendo e infeliz. É possível, pelo avanço na compreensão das leis e circunstâncias que regem a vida e nosso processo de evolução, que se permaneça feliz diante de uma oportunidade de aprendizado, mesmo que ela envolva uma dor.

Isso não deve ser entendido como um ato masoquista, de alguém que busca se martirizar, mas como um estado de lucidez de quem valoriza as lições que o levarão a níveis mais elevados de maturidade psicológica e espiritual.


por João Carvalho Neto - joaoneto@joaocarvalho.com.br
Psicanalista, Psicopedagogo, Terapeuta Floral, Terapeuta Regressivo, Mestre em Psicanálise, autor da tese “Fatores que influenciam a aprendizagem antes da concepção”, autor da tese “Estruturação palingenésica das neuroses”, autor do Modelo Teórico para Psicanálise Transpessoal, autor dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal

Terapia Regressiva: O avanço de uma nova proposta

Durante o mês de novembro de 2010, mais precisamente entre os dias 13 e 15, aconteceu o 2º Congresso Nacional de Terapia Regressiva, em São Paulo, reunindo os mais importantes nomes da TR no Brasil. Mais uma vez fiquei muito feliz de poder estar participando como palestrante, um Psicoterapeuta da desconhecida cidade de Saquarema, quase que subitamente, mas não sem muito esforço e dedicação, fazendo parte da história que começou a se escrever no Brasil desde o ano passado com o 1° Congresso em Salvador. Desta vez, ainda abordando a Psicanálise Transpessoal, que é uma técnica psicoterapêutica que venho desenvolvendo com base em minha formação como Psicanalista, Terapeuta Regressivo e Terapeuta Floral, abordei a importância do tratamento dos pacientes na sua totalidade, não apenas erradicando sintomas, mas construindo mentes mais fortes e elásticas que não se tornem predispostas a novas doenças.

A Terapia de Vidas Passadas começa a surgir no cenário mundial através da pesquisa de um grupo de espanhois durante um congresso de psiquiatria na Europa no ano de 1895. Claro que já nesta época, Charcot, Freud, Breuer, entre outros, faziam hipnose e regressão de seus pacientes para detectarem os traumas da infância. Mas foi com este trabalho pioneiro que a técnica regressiva ultrapassou as fronteiras da concepção, para invadir a rica vida psíquica construída em existências passadas.

De lá para cá, incontáveis pesquisadores, homens dedicados à ciência, sem preconceitos, vieram descortinando as inúmeras possibilidades da Terapia Regressiva, entre eles Ian Stevenson, Morris Netherton, Hans Tendam, Roger Woogler e, é claro, o best-seller Brian Weiss.

Hoje, a Terapia Regressiva, nas suas diversas modalidades, vem ganhando espaços em todos os continentes e países, e o Brasil passou a ocupar lugar de destaque, principalmente após o 3º Congresso Mundial que aconteceu no Rio de Janeiro, em 2008, e no qual também estive apresentando minha proposta.

E não poderia ser diferente, pelos resultados de excelência no tratamento e cura dos diversos transtornos da mente humana, com que a Terapia Regressiva tem beneficiado a todos que a ela recorrem buscando alívio para seus sofrimentos.

Vivemos tempos de grandes descobertas, onde o ser humano passa a encontrar expressões mais saudáveis de viver, libertando-se de doenças afligentes ao deparar-se com suas causas na realidade maior, transcendente e espiritual que lhe é subjacente. Não é sem espanto que ainda observamos o preconceito, verdadeiramente anticientífico, em cientistas que deveriam buscar a verdade acima de suas crenças pessoais. É inaceitável que conselhos profissionais, negando a tendência de um paradigma emergente, continuem a condenar aquilo que vem trazendo cura para uma parcela cada vez mais significativa da população.

Mas a história não se detém diante do dogmatismo prepotente, ao contrário, o tempo faz com que verdades ultrapassadas sejam superadas por novas descobertas que vão vencendo, pouco a pouco, as rígidas barreiras do corporativismo ideológico.

E a Psicanálise Transpessoal, como uma técnica que associa a Psicanálise e a Terapia Regressiva de Vidas Passadas, é uma das mais novas expressões dessa vanguarda de estudiosos da mente humana.

É com vaidade que escrevo estas linhas? Claro que sim, uma saudável vaidade de quem vê seus esforços coroados pelo reconhecimento de pacientes e pesquisadores. Mas também com muita responsabilidade pelo quanto podemos oferecer de alívio àqueles que sofrem, como um compromisso com que o Poder Criador da vida nos investiu ao inspirar-nos nessa caminhada.

João Carvalho Neto

Psicanalista, autor dos livros

“Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal”

O que são os Radicais Livres?

A Medicina moderna cada vez mais cita a importância dos Radicais Livres na gênese de diversas doenças. Mas para a maioria das pessoas ainda é um mistério o que são estas substâncias que tanto prejudicam o organismo. Será que elas são apenas prejudiciais? Ou teriam também um papel funcional? Nada existe por acaso nesta divina obra que é o nosso corpo, então vamos conhecer o que são os radicais livres, como se formam, porque se tornam patogênicos, quais as doenças que causam e nestes casos, como combatê-los.

Os Radicais Livres são substâncias derivadas do oxigênio, que quando em quantidades acima do normal, são altamente nocivas às células. Mas porque o nome Radical Livre? Acontece que os radicais livres são todas as moléculas que apresentem um número ímpar de elétrons na sua órbita externa, ou melhor, um elétron desemparelhado naquela posição. Por essa razão essas moléculas tentam "desesperadamente" "roubar" um elétron de qualquer outra substância para tornarem-se estáveis. Mas com a perda do elétron da outra substância forma-se um novo radical livre, originando uma reação em cadeia que pode lesar seriamente diversas estruturas celulares.

Os Radicais Livres são produzidos no processo de respiração celular, e no próprio organismo existem Enzimas que neutralizam estas moléculas.

Os Radicais Livres mais importantes são:

  • Radical Superóxido
  • Peróxido de Hidrogênio
  • Radical Hidroxila
  • Oxigênio Singlet (este é proveniente do processo de fagocitose)

As enzimas que neutralizam estes Radicais Livres são:

  • Superóxido Dismutase
  • Catalase
  • Glutation Peroxidase
  • Metionina Redutase

Os Radicais livre têm no organismo importante papel na destruição dos micro-organismos invasores. No metabolismo do oxigênio já é feita uma pequena reserva de 2% a 5% para formar os radicais livres.

O problema acontece quando os radicais livres aumentam sua concentração no organismo de forma descontrolada, provocando diversos tipos de lesões. A essas situações deu-se o nome de Estresse Oxidativo. Este tipo de Estresse é precipitado por diversos fatores externos como:

  • Estresse Químico (Poluição ambiental, alimentação inadequada, drogas, álcool, fumo, etc.)
  • Estresse Emocional (Depressão, medo, frustração, traição, etc.)
  • Estresse Físico (Exercícios excessivos, parto, traumatismos, radioatividade, etc.)
  • Estresse Infeccioso (Doenças virais, bacterianas, etc.)

Para combater o Estresse Oxidativo, devemos:

  1. Diminuir o estresse primário que está provocando o estresse oxidativo
  2. Administrar ou estimular a produção de enzimas antioxidantes (glutation, SOD, cisteína, selênio, etc.)
  3. Administrar antioxidantes não enzimáticos (Vitamina E, Vitamina A, Vitamina C, Ginkgo Biloba, etc.)

Os Radicais Livres vem despertando grande interesse no mundo cientifico por sua ligação com três grandes males que afligem a humanidade: Câncer, Aterosclerose e Envelhecimento. Além destas existe uma grande quantidade de doenças que tem relação com o estresse oxidativo, vamos as mais importantes

  • Auto-Imunes (Retocolite Ulcerativa, lúpus, artrite reumatóide, esclerose múltipla, doença de crõw, psoríase, etc.)
  • Circulatórias (Aterosclerose, isquemia, doença coronariana, claudicação intermitente, arritmias cardíacas, cardiomiopatia alcoólica, AVC, etc.)
  • Metabólicas (Diabetes, Deficiências nutricionais, alcoolismo, lesóes por irradiação ionizante, gota, etc.)
  • Degenerativas (Envelhecimento precoce, ALzheimer, Catarata, amiloidose, câncer, parkinsonismo, etc.)
  • Respiratórias (Enfizemas, Bronquite asmática, tabagismo, etc.)
  • Imunológicas (Alergias, rejeição a transplantes, imunodeficiência idiopática, HIV (Aids), etc.)
  • Digestivas (Gastroenterite aguda, pancreatite, diarréia crônia, síndromes de má absorção, hepatites, cirroses, etc.)
  • Ginecológicas ( Tensão Pré-menstrual)
  • Psiquiátricas (Depressão, esquizofrenia, etc.)

Por isso, é recomendado, procurar um profissional de saúde habilitado, para iniciar um tratamento com base na prevenção e controle dos Radicais Livres, e se você já tem algum problema de saúde, o controle do estresse oxidativo será ainda mais benéfico para a sua recuperação.




Turi Pereira de Souza - turionline@gmail.com - É Terapeuta Vitalista Biomolecular &
Estudante de Biomedicina. É Autor do Blog Saúde Vital. Dá dicas de saúde no Twitter (@turisaude) e no Facebook (facebook.com/turisouza). Atende com prática em Medicina Tradicional Chinesa utilizando as técnicas da Terapia Ortomolecular, Nosódioterapia e Florais de Bach.